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Guia para dar os primeiros passos no uso do terminal

konsole-terminal.jpg

Motivação

Quem trabalha com tecnologia cedo ou tarde vai precisar de ferramentas disponíveis apenas em linha de comando.

Num primeiro momento a janela com alguma frase obscura e um cursor piscando pode parecer indecifrável, mas cada pequena coisa tem um nome e um propósito.

Neste guia ajudaremos a dar os primeiros passos com um prompt de comando, como se localizar, veremos comandos úteis e por tabela aprender um pouco mais sobe o sistema operacional em uso e suas configurações.

Breve história das interfaces humano-máquina

Para fazer o computador pensar por você é preciso se comunicar com ele.

Tecnologias revolucionárias são a combinação de várias tecnologias distintas que pareciam não ter relação nenhuma umas com as outras.

Quando observamos as coisas como elas estão nem sempre é simples decifrar como cada coisa foi se tornando o que é, revoluções não possuem realmente um passo a passo: elas vão acontecendo.

Plugues e válvulas

Os primeiros computadores recebiam suas instruções de um modo bem fisiológico: a programação consistia em ligar os cabos entre cada parte do computador da maneira desejada.

A tecnologia incorporada nesta época foram as switchboards ou plugboards

eniac-plugboard.png switchboard de computador

Isto já era amplamente usado desde o século 19, para comunicações via telégrafo e, posteriormente, para comunicações telefônicas.

TexasRichardson_telephoneExchangeOperator.jpg

O tear do tecelão

O processo de plugar e desplugar cabos é tedioso além de ser passível de erro. Um outro problema tedioso era a correta criação dos padrões nos tecidos produzidos nas máquinas de tear. Não parece óbvio, mas são problemas similares. Máquinas de tear, bem como alguns instrumentos musicais, usavam cartões perfurados para automatizar suas tarefas.

DMM_29263ab_Jacquardwebstuhl.jpg

Logo, os cartões perfurados se tornaram a forma preferida de se comunicar com os computadores: bastava produzir um deck de cartões coerente e o computador executaria o lote sem maiores problemas.

1280px-Keypunch_operator_1950_census_IBM_016.jpg

O programa armazenado e o terminal telétipo

Como a história é uma eterna repetição, decks de cartões perfurados eram tediosos e passíveis de erro.

A grande revolução foi armazenar os programas na memória persistente do computador. Para tanto, era possível ler os cartões perfurados da mesma forma de sempre, mas a memória de destino não era mais a memória volátil e sim a memória de fita magnética ou a memória dos discos magnéticos, outra grande revolução que não vamos comentar aqui.

Outro modo de introduzir os programas na memória do computador era inserir os programas através de terminais de teletipo, amplamente usados em redes de telégrafo, usando outra revolução, as chamadas linguagens de programação, cujas origens datam do século 19, nas trocas de cartas entre Charles Babbage e Ada Lovelace.

terminal-teletipo.jpg

O teletipo era uma espécie de máquina de escrever que codificava o texto em sinais de código morse. Ele foi rapidamente adaptado para codificar os sinais em algo que os computadores compreendessem.

É por isso que em alguns sistemas o termo tty indica um terminal. Terminal de teletipo.

Eles eram equipamentos relativamente pesados e ficavam em uma mesa curta chamada console. O termo teletype terminal on console foi com o tempo sendo resumido para terminal console e ainda é muito usado para se referir aos modernos emuladores de terminal virtual.

O truque do compartilhamento de tempo

O grandes computadores ocupavam salas inteiras com seus distintos módulos, CPU, controladores de fita magnética, leitores de cartão perfurado, telétipos e impressoras de alta performance.

Eram equipamentos concorridos pois o trabalho de anos poderia ser resolvido em poucos dias.

Haviam filas para usar um computador e era muito frustrante, tanto para o operador quanto para o programador quando um programa executava e resultava em falha.

Foi nesse contexto que surgiram os primeiros programas de compartilhamento de tempo: em vez de executar um programa por vez, em lotes, era possível carregar vários programas na memória e coordenar a execução de pequenas partes de cada um deles, fracionados pelo tempo.

Com frações de tempo cada vez menores, o operador tinha a ilusão de execução de vários programas ao mesmo tempo.

Havia um programa especial coordenando o compartilhamento de recursos do computador entre todos os outros programas. Com o tempo este tipo de programa viria a evoluir e ser conhecido como sistema operacional.

Foi nesta época também que uma revolução aconteceu e trocaram o papel e tambor dos teletipos por uma 'televisão'. Telétipos com monitor de raios cetóticos ficaram conhecidos como terminais virtuais.

Informatics_General_programmer_at_terminal.jpg

Em vez de uma casa inteira para o computador, um computador na sua casa

Com os computadores se tornando cada vez menores e cada vez mais poderosos, a ideia de ter um computador pessoal foi tomando força e forma.

Enquanto alguns membros da indústria acreditavam que os computadores se tornariam cada vez maiores e mais caros, empresas do vale do silício apostavam na queda dos custos de produzir um computador, bem como na miniaturização deles.

É por conta disso que por um tempo chamávamos os computadores pessoais de microcomputadores.

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Estamos nos anos 80 e microcomputadores eram ligados a uma televisão e vinham com um teclado embutido, além de algumas entradas para outros periféricos.

shell_c64.jpg

Microcomputadores eram vistos como um brinquedo, um hobby caro ou apenas um terminal virtual glorificado para a plataforma alta até que aplicações para produtividade em trabalho de escritório surgiram. Foi neste ponto que a visão da indústria começou a mudar (quem compraria um mainframe se o mesmo trabalho pode ser feito num microcomputador?) e o IBM PC veio ao mundo.

IBM_PC_5150.jpg

Interfaces gráficas e os terminais

Por fim tivemos mais uma revolução, com as telas de computador ainda imitando o papel, mas dessa vez fazendo pelos desenhos o que já haviam feito pelos textos.

windows-3-11.png

A GUI ou Graphical User Interface desenhava e diagramava texto e até imagens em formas arbitrárias, livrando-se do bloco de 80 colunas por 25 linhas dos terminais virtuais de dez anos atrás.

Mas mesmo nas revoluções, o passado não se perde e haviam muitos programas criados para executar em terminais de texto; estes ainda precisariam ser reescritos para tirar vantagem de interfaces gráficas e portanto estas precisariam oferecer um jeito de emular os terminais virtuais.

cmd.jpg

E é por isso que chamamos a telinha com cursor piscando de emulador de terminal virtual.

  • emulador, pois é um programa gráfico emulando um ambiente de texto
  • virtual, pois usa uma tela eletrônica em vez de papel e tambor
  • terminal, pois se originou dos telétipos, periféricos que se comunicavam com os computadores de compartilhamento de tempo

selecionando o guia para o seu sistema operacional

Como visto, o terminal é bastante ligado ao sistema operacional instalado no computador. Por conta disso, neste momento este guia se reparte nos módulos a seguir:

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